quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Hamsá

  A palavra Hamsá deriva de uma antiga língua semítica e significa algo como “cinco”. Este é um dos mais divulgados amuletos de protecção usados tanto por muçulmanos como por judeus. Compõe-se por uma forma de mão estilizada e simétrica, profusamente ornamentada e, geralmente, contendo um olho na palma.
  Hamsá é conhecido como “Mão de Fátima” pelos muçulmanos, numa referência à filha de Maomé. Segundo a tradição sunita, os cinco dedos de Fátima simbolizam os cinco pilares do Islão, enquanto que para os xiitas, simbolizam o Ahl al-Kisa – o grupo formado por Maomé, a sua filha Fátima, o seu sobrinho e genro Ali, e os seus netos Hassan e Hussein. Os judeus, por outro lado, chamam-lhe “Mão de Miriam”, aludindo a esta figura bíblica, irmã de Moisés e de Aarão. Para estes, os cinco dedos simbolizam os cinco livros da Tora. É ainda de referir que, como acontece com a maioria dos símbolos de poder, há fortes indícios que o Hamsá seja muito anterior ao seu uso pelo Islão ou pelo Judaísmo. Achados arqueológicos comprovam que este símbolo foi usado por povos fenícios, possivelmente associado ao culto da deusa lunar Tanit, patrona da cidade de Cartago.
  Em todas as culturas que o utilizam, o Hamsa é um símbolo de protecção, em especial contra o mau-olhado. Afasta as negatividades e os perigos, sendo usado como pendente, junto ao corpo ou, de maiores dimensões, pendurado nas portas e paredes das casas, dos estabelecimentos comerciais e ainda nos automóveis, para evitar roubos e acidentes. Por vezes, o olho central é acompanhado de outros símbolos como a Estrela de David ou os Peixes, ou ainda por inscrições em hebraico ou árabe, dependendo da sua origem.



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